Ficha Técnica:
Título: Ficção de Mari Wolf
Autor: Mari Wolf
Editora: Fonzie
Ano de Lançamento: 2017
Gênero: Ficção cientifica
Editora: Fonzie
Ano de Lançamento: 2017
Gênero: Ficção cientifica
Páginas: 194
Preço Médio: R$ -
Preço Médio: R$ -
Hey, pessoal! Tudo bem?
Hoje é dia de resenha de ficção científica!!! Ebaaa!!!
Hoje é dia de resenha de ficção científica!!! Ebaaa!!!
Eu estava com muita saudade de escrever/ler sobre esse tema
e foi uma surpresa boa a publicação da nossa parceira Fonzie: Ficção de Mari
Wolf. Os textos da autora, segundo a editora, foram publicados ao longo da
década de 50 em revistas de ficção científica, e foram achados do Clayton de la
Vie, autor de Seres do Além.
Nunca sequer tinha ouvido falar de Mari Wolf, mas já virei
fã. O estilo dela, traduzido pelo Clayton, é incrível, muito plausível e
singular. Adorei o universo criado pela autora, ele é permeado por sentimento,
por uma irrealidade real, ficcional e que ainda assim, sinto que poderia
acontecer.
Vamos conhecer um pouco dos contos então? Para não entregar
o livro todo, vou falar um pouco dos três contos que mais gostei:
O primeiro deles é Uma garrafa vazia. O título é pouco
auspicioso, mas a história, uau! Achei incrível. Nela somos “convidados” a
conhecer a tripulação/população (e digo
isso pois mais de uma geração vive ali) de uma nave que vem viajando pela
galáxia, há 53 anos, em busca de vida. Infelizmente, eles nada encontraram e
estavam voltando para casa, para a tão sonhada Terra, que deixaram para trás.
No entanto, algo parece errado nas estrelas, sua principal orientação para o
retorno.
O que preciso dizer sobre esse conto é: PARADOXO TEMPORAL.
Eu simplesmente adorei o paradoxo que Mari criou. É instigante pensar em um
ciclo repetitivo e isso deu um nó na minha cabeça (um nó positivo), que me fez
pensar muito e que adorei!
O segundo conto é A estátua. Neste, conhecemos um casal de
fazendeiros. Mas não um casal de fazendeiros comum, eles são os últimos dos
primeiros (hahaha, que beleza esse jogo de palavras) colonizadores de Marte. Lewis e Martha estavam a tempo demais no
planeta vermelho, muito velhos para continuar ali, onde todos os amigos que haviam
conhecido estavam mortos e com uma saudade extrema de “casa”. Principalmente
Martha.
Porém, além de não terem dinheiro suficiente, pessoas com
mais de setenta anos não poderiam fazer a longa viagem até a Terra. Será que
algum subterfúgio existiria? Será que implorar adiantaria? Lewis tentaria de
tudo por Martha.
Acho que o amor presente nesse conto é o mais bacana. Lewis,
mesmo velhinho, fará de tudo por Martha e, embora eu não goste,
particularmente, muito dela. Além disso, o carinho que os marcianos têm com o
casal é lindo! Principalmente no final.
Mari Wolf - crédito: divulgação/skoob
E o terceiro e último conto sobre o qual vou falar é Homo
Inferior. Nesse conto, me parece que a raça humana evoluiu, tornando-se mais “calmos”,
tendo menos interesse pelo mundo, pelas estrelas, por tudo. Eles são mais
estagnados. Além de terem adquirido o estranho dom da percepção, podendo meio
que ler a mente um do outro.
Em meio a essa evolução, ainda nascem alguns indivíduos
normais, da raça anterior. Eles são tratados como párias, como animais loucos e
isso me deixou bastante incomodada (será que isso poderia acontecer conosco no
futuro?).
Nessa sociedade evoluída, nasce Eric, um normal. Tento como
mentor Walden, ele pode crescer cercado de livros, onde conheceu a história do
povo original. No museu, onde passava a maior parte do tempo, ele podia
observar uma nave espacial, um modelo em que os antigos humanos usavam para
explorar o espaço, algo que acabou se perdendo na nova ordem social. Foi lendo
sobre seu povo que também criou a necessidade de procurar os seus, porém, isso
era visto como algo muito perigoso pelos “sábios” vereadores daquela sociedade
e tal fato poderia ser o motivo tão esperado para trancafiar Eric em uma
instituição.
Homo Inferior é um conto muito interessante, sobretudo,
pensando nas regras sociais. A nova raça perdeu a curiosidade sobre o mundo,
sobre o espaço. Eles não viajam, não viam sentido nisso. E abominavam com todas
as forças a raça humana original, por serem muito “selvagens”, “irracionais”. É
curioso nos ver sobre outra perspectiva... fica aquele “será?” martelando na
cabeça.
E deixo vocês na expectativa e na curiosidade de saber se
Eric encontrou ou não a velha raça.
Crédito: Fonzie - facebook
E ai? Curtiram? Porque eu adorei!
As ficções criadas por Mari Wolf podem ser equiparadas a
famosos com Ray Bradbury e Aldous Huxley (pelo menos na minha cabeça) pois tem
tanta qualidade quantos os mestres. Quem sabe essa não seja a oportunidade da
obra da autora ganhar o Brasil? Porque olha... S2
A capa é bem interessante e, como li o livro digital, não
posso opinar sobre a diagramação, que é bem básica. Não encontrei nada gritante
na revisão e isso é um ponto bem positivo pra Fonzie.
Fiquem ligados nesse livro, sério! Espero que ouçam falar
muito nele e em Mari Wolf.
Hugs
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